segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Desculpas por ser tão honesta e explosiva e quase nunca pensar antes de falar ou fazer???

Pois sim, estou aqui de novo querendo responder a uma pergunta de um amigo-leitor que diz que estou certa em ser eu mesma.Concordo com ele, honestidade não é um defeito meu, é uma qualidade minha em ver os defeitos de outras pessoas( e agora o mais importante) e falar ou expor por meio de expressões o que acho...A algum tempo atrás eu diria que poderia ter magoado alguém por isso, mas hoje?Hoje já não magoou mais ninguém, as pessoas que estão a minha volta ja me conhecem muito bem para saber o que acho antes mesmo da pessoa falar, a maioria das vezes sempre vem alguma bobagem, que olho torto, mas nada que vá fazer alguém se jogar da janela do 5º andar...
Porém, sei que ainda existem pessoas a quem devo algumas desculpas e farei, só que no momento certo, ou no momento que me ocorrer a cabeça, não sou de "programar pedidos de desculpas", ou "programar palavras bonitinhas" que nada!Meu jogo é aberto e falo na lata, e se tiver afim, não tem essa de me pressionar a falar, ou "psicologia barata", nada disso me agrada, sou simples e como todas as pessoas simples não gosto de coisas complexas e prolixas e enroladas( nessa ordem e nessa função, nada de ou entre elas".
Well, tenho sido muito quieta, muito parada, não estou arrumando confusões simples para resolver, estou uma boa menina,( já estou fazendo a média com Papai Noel/11).
Agradeço a Deus pois consegui terminar um dos meus cursos e já estou caminhando para o próximo, meio do ano volto pra facul,e está tudo "tão lindo"  como minha amiga Shiu fala, peço sim desculpas a Ele por as vezes achar que não conseguiria, ou que gostaria de desistir...
Não vou ficar falando do que acredito ou não por aqui, sei que cada cabeça um universo, entendo, compreendo e não tenho preconceitos .
Para encerrar lembremos a idéia inicial da Teoria do Caos: ""O bater de asas de uma borboleta em Tóquio pode provocar um furacão em Nova Iorque."


Pense nisso.


Bjitos

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Quem sou Carla por:

Martha Medeiros (editado pq não tenho 3 filhos nem marido!Nem fui professora e não sou artista)

"Sou eu que começo? Não sei bem o que dizer sobre mim. Não me sinto uma mulher como as outras. Por exemplo, odeio falar sobre crianças, empregadas e liquidações. Tenho vontade de cometer haraquiri quando me convidam para um chá de fraldas e me sinto esquisita à beça usando um lencinho amarrado no pescoço. Mas segui todos os mandamentos de uma boa menina: brinquei de boneca, tive medo do escuro e fiquei nervosa com o primeiro beijo. Quem me vê caminhando na rua, de salto alto e delineador, jura que sou tão feminina quanto as outras: ninguém desconfia do meu hermafroditismo cerebral. Adoro massas cinzentas, detesto cor-de-rosa(Carla gosta!). Penso como um homem, mas sinto como mulher. Não me considero vítima de nada. Sou autoritária, teimosa e um verdadeiro desastre na cozinha. Peça para eu arrumar uma cama e estrague meu dia. Vida doméstica é para os gatos.Nossa, pareço uma metralhadora disparando informações como se estivesse preenchendo um cadastro para arranjar marido. Ponha na conta da ansiedade.

 Vivo cercada de pessoas, mas nunca somos nós mesmos na presença de testemunhas.

Às vezes me sinto uma mulher mascarada, como se desempenhasse um papel em sociedade só para se sentir integrada, fazendo parte do mundo. Outras vezes acho que não é nada disso, hospedo em mim uma natureza constestadora e aonde quer que eu vá ela está comigo, só que sou bem-educada e não compro briga à toa. Enfim, parece tudo muito normal, mas há uma voz interna que anda me dizendo: "Você não perde por esperar,Mercedes." É como se eu tivesse, além de uma consciência oficial, também uma consciência paralela, e ela soubesse que não vou segurar minhas ambigüidades por muito tempo.

Tenho um cérebro masculino, como lhe disse, mas isso não interfere na minha sexualidade, que é bem ortodoxa. Já o coração sempre foi gelatinoso, me deixa com as pernas frouxas diante de qualquer um que me convide para um chope. Faz eu dizer tudo ao contrário do que penso: nessa horas não sei aonde vão parar minhas idéias viris. Afino a voz, uso cinta-liga, faço strip-tease. Basta me segurar pela nuca e eu derreto, viro pão com manteiga, sirva-se.

Sou tantas que mal consigo me distinguir. Sou estrategista, batalhadora, porém traída pela comoção. Num piscar de olhos fico terna, delicada. Acho que sou promíscua, doutor Lopes. São muitas mulheres numa só, e alguns homens também. Prepare-se para uma terapia de grupo."